Bula do Pilocarpina para o Profissional

Bula do Pilocarpina produzido pelo laboratorio Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Pilocarpina
Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PILOCARPINA PARA O PROFISSIONAL

Bula para o Profissional de Saúde Pág. 1 de 5

APRESENTAÇÃO

Solução Oftálmica Estéril

Frasco plástico conta-gotas contendo 10 ml de solução oftálmica estéril de cloridrato de pilocarpina

1% (10 mg/ml), 2% (20 mg/ml) ou 4% (40 mg/ml).

VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA OCULAR

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada ml (25 gotas) contém: 10 mg de cloridrato de pilocarpina (0,4 mg/gota), 20 mg de cloridrato de

pilocarpina (0,8 mg/gota) ou 40 mg de cloridrato de pilocarpina (1,6 mg/gota).

Veículo: álcool polivinílico, cloreto de benzalcônio, acetato de sódio triidratado, cloreto de sódio e

água purificada q.s.p.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

PILOCARPINA é indicado como miótico, no controle da pressão intra-ocular elevada (glaucoma).

PILOCARPINA pode ser usada em combinação com outros mióticos, com betabloqueadores, com

inibidores da anidrase carbônica, com agentes simpatomiméticos e com hiperosmóticos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Pilocarpina foi eficaz na redução da pressão intraocular (PIO) em pacientes com glaucoma de ângulo

aberto (Hass & Drance, 1980; Quigley et al, 1975; Novak & Stewart, 1975; Drance et al, 1974; ini et

al, 1973; Harris & Galin, 1970; Anderson & Cowle, 1968). O medicamento também pode ser eficaz

em glaucoma de ângulo fechado. Ele contrai a pupila que extrai a íris da rede trabecular (AMA, 1994;

Bhargave et al, 1973).

Em seis pacientes com glaucoma, uma oclusão nasolacrimal após a administração tópica de

pilocarpina 1% ou 2% resultou em redução significativa da PIO por 12 horas. O efeito de pilocarpina

4% não foi significativamente influenciado por oclusão nasolacrimal em qualquer intervalo de tempo.

Esse estudo sugere que a oclusão nasolacrimal possa aumentar o potencial da dosagem de pilocarpina

de duas vezes ao dia (a cada 12 horas) (Zimmerman et al, 1992).

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Para diagnóstico diferencial de midríase pós-operatória, foi recomendada uma baixa concentração de

pilocarpina (0,125%). Com o teste de beira de leito, foi usada uma gota de solução de pilocarpina para

diferenciar anisocoria neurogênica e induzida por fenilefrina. Em um estudo de 21 sujeitos de

pesquisa, um terço (n=7) apresentou midríase meurogênica aguda de etiologia conhecida, e os outros

dois terços envolveram o grupo controle, com valor basal igual aos diâmetros da pupila. O grupo

controle recebeu uma gota de fenilefrina em um olho para induzir midríase. Todos os sujeitos de

pesquisa com midríase neurogênica receberam pilocarpina, enquanto os membros do grupo controle

receberam pilocarpina ou solução salina normal. Após 15 a 30 minutos, o grupo de midríase

neurogênica mostrou redução significativa no diâmetro pupilar, em comparação aos grupos induzidos

por fenilefrina (Sitzman et al, 1996). Pilocarpina também tem sido usada para reverter os efeitos de

midriáticos após cirurgia ou exames oftalmoscópicos.1

1

Anastasi LM, et al. Effect of pilocarpine in counteracting mydriasis. Arch Ophthalmol 1968; 79: 710-15.

(PubMed id:5652262)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

PILOCARPINA é um alcalóide natural, parassimpatomitético com ação colinérgica direta sobre os

receptores neuro-muscarínicos e musculatura lisa da íris e glândulas de secreção. Após administração

tópica ocular, a pilocarpina provoca a contração da pupila, com aumento de tensão no esporão escleral

e abertura dos espaços da malha trabecular. Ocorre assim, diminuição da resistência ao efluxo do

humor aquoso e o consequente abaixamento da pressão intra-ocular.

4. CONTRAINDICAÇÕES

PILOCARPINA é contraindicado para pessoas que apresentam alergia a qualquer um dos

componentes da sua fórmula.

PILOCARPINA é contraindicado em caso de irite ou glaucoma por bloqueio pupilar.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A miose geralmente provoca dificuldade na adaptação para visão noturna. Recomenda-se cautela ao

dirigir à noite ou realizar tarefas perigosas sob iluminação insuficiente. O produto deve ser usado com

cautela nos casos onde exista risco de deslocamento da retina.

Devem-se observar os cuidados habituais nos casos de glaucoma secundário associado a processos

inflamatórios.

Gravidez e Lactação:

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

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Pacientes Idosos

Não existem restrições de uso em pacientes idosos. A posologia é a mesma que a recomendada para

as outras faixas etárias.

Pacientes que utilizam lentes de contato

PILOCARPINA não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas,

pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os

pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações com outros medicamentos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

PILOCARPINA deve ser armazenado à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegido da luz.

O prazo de validade é de 36 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Após aberto, válido por 90 dias.

PILOCARPINA é uma solução estéril límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A concentração e a frequência diária de instilações necessárias para manter o controle da pressão

intra-ocular serão estabelecidas a critério médico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de

PILOCARPINA.

Foram relatados casos de espasmo ciliar, irritação ocular, congestão vascular conjuntival, cefaléia

temporal ou supra-orbitária, dor ocular, redução da acuidade visual sob iluminação deficiente e

indução de miopia, principalmente em pacientes jovens, que iniciaram recentemente a administração.

O uso prolongado pode causar opacificação do cristalino. Assim como todos os mióticos, raros casos

de deslocamento da retina foram relatados quando usado em indivíduos susceptíveis.

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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.